Quem minha boca adoça, meu sorriso amarga! Aprenda a prevenir cáries

Quantas vezes ouvimos dizer, sobretudo às crianças: queres ‘uma rica’? Quando disto se fala não é de uma rica prenda, mas algo doce. O eterno problema é: como prevenir as cáries e outros problemas diretamente associados?
A verdade é que dos mais novos aos mais velhos todos gostam de um bom docinho e fazem mesmo as delícias de miúdos e graúdos.
Mas, se há algo que os nossos dentes não acham piada, é ao açúcar. O consumo excessivo deste ingrediente é um dos maiores inimigos da saúde oral, sendo responsável por cáries, gengivites e até perda dentária.
Em Portugal, os números são preocupantes! O Barómetro da Saúde Oral de 2024 revela que 49,6% das crianças com menos de seis anos nunca foram ao dentista (OMD, 2024). A falta de acompanhamento aliado a uma dieta rica em açúcares está a criar uma verdadeira “tempestade perfeita” para a saúde dentária dos portugueses.
Conteúdos abordados:
Açúcar: vilão do sorriso e malefício para a saúde oral
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de açúcares livres não ultrapasse 10% da ingestão calórica, mas os portugueses não parecem seguir este conselho.
Um estudo recente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) sugere que cerca de 25% dos adultos ingerem quantidades muito superiores. Porém, não se pense que a culpa é exclusiva das doces – molhos, pão embalado e até alguns iogurtes estão carregados de açúcares escondidos.
O impacto não se reflete apenas nos números da balança, mas também nos dentes. O Barómetro da Saúde Oral 2024 revela que 74,4% dos portugueses escovam os dentes duas ou mais vezes por dia, um decréscimo em relação a 2023 (78,8%) (OMD, 2024).
Se juntarmos a escovagem deficiente ao excesso de açúcar, temos a combinação explosiva para o aparecimento de problemas dentários.
O que acontece ao açúcar que fica na nossa boca?
Quando ingerimos açúcar, as bactérias entram em êxtase. Chegou a altura de tirarem a barriga de misérias e se alimentarem dos açúcares. Neste clima de festa libertam ácidos que atacam o esmalte dentário e que dão origem às temidas cáries.
Para prevenir as cáries e outros problemas na sua boca, e independentemente de se tratar da ingestão de alimentos doces ou salgados, deve seguir à risca os conselhos de higiene oral do seu médico dentista.
5 ações que ajudam a combater os efeitos negativos do consumo de açúcar
Há algo que pode fazer no quotidiano para contrariar o mal que o açúcar faz aos seus dentes, nomeadamente:
- Reduzir o consumo de açúcar: Preferir alimentos naturais e evitar ultraprocessados;
- Escovagem eficiente e regular: Escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia com pasta fluoretada;
- Cancro Oral: O tabaco e o álcool são os principais fatores de risco, e a sua elevada taxa de mortalidade está associada ao diagnóstico tardio, como explicamos no nosso blog recentemente.
- Consultas regulares: Lembre-se que, mesmo sem sintomas, check-ups frequentes são essenciais;
- Atenção aos rótulos: Os açúcares escondem-se onde menos se espera, desde cereais a sumos;
- Educação para a saúde oral: Ensinar desde cedo a importância da higiene oral e da alimentação equilibrada.
Uma nota importante que não podemos desvalorizar é que, quando ingerimos açúcares – presentes em muitos alimentos do dia a dia, como já vimos, e não somente nas doçuras – se a escovagem não for eficaz, a libertação de ácidos repete-se, enfraquecendo os dentes até ao ponto de não retorno.
Mas o problema não fica por aqui. O consumo excessivo de açúcar também contribui para doenças gengivais, como gengivite e periodontite, que podem levar à perda dentária e até afetar a saúde geral, manifestando-se através do nosso organismo!
E se estivermos a falar de crianças, qual a gravidade do problema?
Se há algo que preocupa os especialistas, é a alimentação das crianças. Dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indicam que uma grande percentagem das crianças portuguesas consome refrigerantes (ricos em açúcar) e doces diariamente.
Além disso, o Barómetro da Saúde Oral 2024 ainda indica que 49,6% das crianças com menos de seis anos nunca foram ao dentista. Se considerarmos que é nesta fase que se formam os primeiros hábitos de higiene oral, percebemos a urgência de mudar esta realidade. Se leu isto e ficou curioso porque não sabe qual a idade que deve levar o seu filho ao dentista, deve prestar atenção a este artigo.
Resumidamente, se não tomar as medidas que referimos anteriormente, pode acabar com dores de cabeça que não esperava. Filhos criados cuidados redobrados, mas se de pequeno não olhar à saúde oral deles vai ser surpreendido por despesas que não contava.
É doce? Sabe bem, mas exige muitos cuidados para prevenir cáries, e não só!
O açúcar pode ser um prazer momentâneo, mas o seu impacto na saúde oral pode durar uma vida inteira.
Os dados são claros, os portugueses continuam a consumir mais açúcar do que o recomendado e a negligenciar a prevenção e saúde dentária para a qual A Clínica Dr. Pedro Mota pode ser uma preciosa aliada, perante este cenário preocupante.
No entanto, há medidas simples e eficazes que permitem virar o jogo a seu favor. Não perca para aquilo que a sua boca adoça.
O seu sorriso bonito vale bem mais do que um pedaço de bolo ou qualquer outro alimento que lhe dê prazer. Coma açúcar com precaução!
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