Importância da prevenção e diagnóstico precoce no cancro oral

O cancro oral é um dos mais comuns a nível global e afeta principalmente homens a partir dos 45 anos. De acordo com a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), o carcinoma da cabeça e pescoço é o 6º cancro mais comum em todo o mundo e corresponde a cerca de 2.8% de todos os cancros.
Falando concretamente de Portugal verificamos que ocupa um lugar preocupante na estatística europeia, sendo o 2º país com maior incidência deste tipo de cancro, segundo a mesma fonte.
Com uma taxa de mortalidade elevada, muitas vezes associada a diagnósticos tardios, é fundamental reforçar a importância da prevenção e da deteção precoce. No âmbito do Dia Mundial da Saúde Oral, uma iniciativa da World Dental Federation, decidimos abordar este tema crítico para a saúde pública.
Conteúdos abordados:
Por que é que o cancro oral tem uma taxa de mortalidade elevada?
Este tipo de patologia cancerígena refere-se a um conjunto de tumores malignos que podem surgir em qualquer parte da cavidade oral, incluindo os lábios, a gengiva, a língua, o palato mole e a faringe.
Os locais mais comuns de desenvolvimento são o pavimento da boca, o bordo lateral da língua e o palato mole.
Infelizmente, o cancro oral é frequentemente identificado em estádios avançados, comprometendo as taxas de sobrevivência dos pacientes e levando a uma elevada taxa de mortalidade, evidencia a OMD.
Fatores que aumentam as probabilidades…
O consumo de tabaco e álcool são os principais fatores de risco associados ao cancro oral, sendo que o risco aumenta significativamente quando ambos são combinados. Mas há outros fatores que podemos incluir tais como:
- Idade superior a 45 anos;
- Ser do sexo masculino (os homens têm três vezes mais probabilidade de desenvolver a doença);
- Exposição solar sem proteção, aumentando o risco de cancro nos lábios;
- Infeção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV), especialmente entre jovens adultos;
- Excesso de peso e uma dieta pobre em nutrientes essenciais.
A sensibilização sobre estes fatores de risco é essencial para a prevenção e para uma mudança de comportamentos que possam reduzir a incidência da doença, como podemos alerta a publicação da OMD: intervenção precoce no cancro oral | Guia para profissionais de saúde.
Há silêncios que falam! Fique atento a estes sinais de alerta para detetar precocemente o cancro oral
Os primeiros sinais do cancro oral podem ser silenciosos e passar despercebidos. No entanto, à medida que a doença progride, podem surgir sintomas do cancro oral como:
- Feridas na boca ou garganta que não cicatrizam;
- Sangramento gengival ou dentes soltos sem motivo aparente;
- Dificuldade em mastigar, engolir ou movimentar a língua e a mandíbula;
- Mau hálito persistente;
- Alterações na adaptação de próteses dentárias;
- Perda de sensibilidade em determinadas áreas da boca;
- Mancha de cor irregular;
- Aparecimento de úlcera persistente;
- Linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos).
A presença destes sintomas não significa necessariamente a existência de cancro oral, mas é crucial procurar um dentista para uma avaliação detalhada e despiste adequado.
Para a OMD são estes os seis sinais que deve vigiar com especial atenção.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico precoce do cancro oral pode fazer toda a diferença no diagnóstico e tratamento do cancro oral.
Consultas regulares ao dentista podem permitir a deteção de lesões suspeitas antes de atingirem estágios avançados. Exames clínicos detalhados, bócaspias e, em alguns casos, exames imagiológicos, fazem parte do protocolo de avaliação.
O tratamento inclui principalmente cirurgia para remoção das lesões, combinada com radioterapia e, em alguns casos, quimioterapia.
Com tudo o que já dissemos até aqui, é fácil perceber que a taxa de sucesso é significativamente maior quando a doença é detetada numa fase inicial.
Além disso é importante incorporar os métodos mais modernos, como protocolos avançados de tratamento dentário, para a prevenção e manutenção da saúde oral como é o Protocolo GBT para o qual A Clínica Dr. Pedro Mota é uma das poucas certificadas.
Prevenção, prevenção e mais prevenção!
Sem dúvida, a ordem é a prevenção do cancro oral, por isso deixamos algumas medidas essenciais que pode, e deve, tomar no dia a dia:
- Evitar o consumo de tabaco e álcool;
- Usar protetor solar labial, especialmente quem passa muito tempo ao ar livre;
- Adotar uma alimentação equilibrada, rica em frutas e vegetais;
- Manter uma boa higiene oral, com escovagem regular e consultas periódicas ao dentista;
- Estar atento a qualquer alteração na boca e procurar aconselhamento médico se necessário.
Fique a saber que n’A Clínica Dr. Pedro Mota, durante a consulta de higiene oral, as nossas higienistas orais não abdicam de dedicar tempo a rastrear lesões orais e extra orais que podem ser manifestações de cancro oral.
Esteja muito atento à...sua boca!
A mensagem que hoje quisemos reforçar é que, apesar da taxa de incidência do cancro oral, um diagnóstico precoce e as medidas de prevenção adequadas fazem toda a diferença.
Consultar regularmente o dentista, evitar fatores de risco e adotar um estilo de vida saudável são passos fundamentais para travar esta doença.
A consciencialização e a educação para a saúde oral podem salvar vidas. Não desvalorize e/ou ignore pequenos sinais.
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