Doenças sexuais orais mais comuns
Um tema de 'bolinha vermelha', explicado sem pudor

Falar de sexo oral ainda é, para muitos, um tema envolto em silêncio, constrangimento e pudor. Mas a verdade é que a saúde não pode, nem deve, ser tabu, sobretudo quando falamos de algo tão comum e presente na vida íntima. As doenças sexuais transmitidas pela prática oral existem, são mais frequentes do que se imagina e, muitas vezes, passam despercebidas até se tornarem um problema real.
Neste artigo vamos olhar sem pudor para as infeções orais mais comuns, desmistificar preconceitos e explicar como se podem prevenir, com informação clara, credível, acessível e, também, sem moralismos.
Porque cuidar da saúde sexual é cuidar de nós, e informação é o primeiro passo para a proteção!
Conteúdos abordados:
Doenças sexuais orais mais comuns
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias, em todo o mundo, mais de 1 milhão de pessoas contraem infeções sexualmente transmissíveis (DSTs) curáveis, entre os 15 e os 49 anos, a maioria assintomática.
Como muitas delas podem manifestar-se também na boca vamos debruçar a nossa atenção sobre elas:
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HPV oral
Relacionado com lesões potencialmente malignas e aumento do risco de cancro da cavidade oral e da orofaringe.
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Sífilis
Pode causar úlceras ou placas brancas/vermelhas na boca, sendo transmissível através do sexo oral.
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Herpes simples tipo 1 e 2
Responsável por úlceras dolorosas e recorrentes nos lábios e cavidade oral.
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Gonorreia e clamídia orais
Provocam inflamação da garganta, úlceras ou faringite.
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VIH
Não é transmitido pelo beijo, mas a presença de feridas ou sangramento gengival pode aumentar o risco em práticas orais desprotegidas.
Estudos comprovam que o sexo oral constitui uma via significativa de transmissão de DSTs, incluindo sífilis, gonorreia, herpes, VIH e HPV, o que nos relembra a necessidade de maior consciencialização sobre manifestações orais destas infeções.
A relação entre saúde sexual e saúde oral
A boca não é apenas a entrada do sistema digestivo; é também um espaço de contacto íntimo.
As mucosas orais são altamente suscetíveis a infeções. Um desequilíbrio oral, como gengivite ou úlceras, pode tornar a transmissão ainda mais provável.
Manter uma boa saúde oral não previne por si só as infeções sexualmente transmissíveis (IST), mas reduz riscos e facilita a deteção precoce de sinais de alerta.
O papel do indíviduo e do dentista na prevenção
A prevenção combina comportamentos seguros e acompanhamento clínico regular:
- Uso de proteção (preservativos e outros meios de proteção) em práticas orais.
- Consultas periódicas de saúde oral para identificar alterações suspeitas.
- Vacinação contra o HPV, recomendada em vários países, como medida eficaz de prevenção.
Na verdade, a vacinação contra o HPV deve ser vista como prioridade de saúde pública, uma vez que o vírus é um dos principais responsáveis por lesões orais com risco de malignidade. Esta mensagem está alinhada com a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e com a OMS, que alertam para a integração da saúde oral em programas de saúde sexual.
E se o diagnóstico for tardio? Quais as consequências?
O atraso na identificação de uma infeção oral pode levar a complicações graves:
- Cancro da orofaringe associado ao HPV.
- Perda dentária e deterioração da mucosa oral.
- Disseminação sistémica da infeção, com impacto na qualidade de vida.
Detetar cedo significa maior eficácia no tratamento e menor risco de transmissão a parceiros.
Se começamos por dizer que na saúde íntima não pode haver pudores, o mesmo não se pode dizer desta consciência. Nunca ponha em risco a saúde do ser parceiro! Nesta premissa não há margem para “ses”.
A saúde sexual e a saúde oral estão mais ligadas do que se pensa.
Por isso, é essencial relembrar que prevenir e diagnosticar cedo salva vidas e preserva qualidade de vida.
Manter hábitos de higiene oral, práticas sexuais seguras e consultas regulares no dentista são passos fundamentais para reduzir riscos.
Para saber mais sobre como proteger a sua saúde oral e identificar sinais precoces de infeções, agende já uma consulta de Higiene Oral n’A Clínica Dr. Pedro Mota. Nessa consulta, as nossas higienistas fazem sempre o diagnóstico e despiste de doenças orais.
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