A disfunção erétil (DE) é um problema que afeta milhões de homens em todo o mundo. Entre as múltiplas causas para esta patologia, que belisca o sistema reprodutor masculino, podemos encontrar as inflamações dentárias.
De facto, embora as suas causas sejam frequentemente atribuídas a fatores psicológicos, hormonais ou cardiovasculares, um aspeto menos discutido é a relação entre a saúde oral e a função erétil.
Estudos recentes demonstram que as doenças periodontais podem ter impacto nesta condição que afeta amplamente a qualidade de vida e autoestima dos homens.
A disfunção erétil é uma condição que se relaciona com a incapacidade de um homem conseguir alcançar uma ereção que pode resultar de fatores físicos ou psicológicos e, até, de uma combinação de ambos.
Perante um quadro de periodontite, que se caracteriza por uma inflamação crónica da gengiva, o osso alveolar e os tecidos conjuntivos, que permitem que os dentes não se movam, ficam danificados. Ou seja, as bactérias periodontais vão provocar inflamações dentárias, o que gera citocinas inflamatórias que causam danos às células endoteliais vasculares.
Esta disfunção endotelial também ocorre nos vasos sanguíneos do pénis que perdem a capacidade de se dilatar corretamente, resultando em disfunção erétil.
De facto, as bactérias presentes na boca de pacientes com gengivite ou periodontite podem entrar na corrente sanguínea, promovendo a formação de placas arteriais e levando a um quadro de aterosclerose.
Este fenómeno reduz o fluxo sanguíneo necessário para uma ereção adequada. Assim, ao negligenciar a saúde oral, os homens podem estar, sem saber, a comprometer a sua vida sexual.
Como já vimos a disfunção erétil ocorre devido a uma combinação de fatores físicos, psicológicos e hormonais que afetam a capacidade do homem de obter ou manter uma ereção satisfatória. Algumas das principais causas incluem:
• Problemas vasculares: a aterosclerose (endurecimento das artérias) pode reduzir o fluxo sanguíneo para o pénis.
• Diabetes: pode causar danos nos nervos e nos vasos sanguíneos, afetando a ereção.
• Hipertensão: a pressão arterial elevada pode comprometer a circulação necessária para a ereção.
• Doença periodontal: inflamações crónicas na boca podem levar a disfunção endotelial e comprometer o fluxo sanguíneo.
• Ansiedade e stress: fatores emocionais podem interferir na resposta sexual.
• Depressão: afeta a libido e a função erétil.
• Baixa autoestima: o medo do desempenho pode agravar o problema.
• Baixa testosterona: o défice desta hormona pode reduzir o desejo sexual e a função erétil.
• Tabagismo: danifica os vasos sanguíneos e reduz o fluxo de sangue.
• Consumo excessivo de álcool: pode prejudicar o sistema nervoso central.
• Sedentarismo e obesidade: a falta de atividade física está ligada a problemas vasculares.
Uma revisão de um estudo publicada no jornal científico Journal of Sexual Medicine aponta que os homens que não escovam os dentes pelo menos duas vezes ao dia estão até três vezes mais propensos a sofrer de disfunção sexual.
Pelo que já foi dito até aqui, conseguimos perceber que há uma relação entre a higiene oral e a saúde dos vasos sanguíneos penianos, na medida em que os vasos sanguíneos penianos sofrem os efeitos prejudiciais da periodontite anteriormente aos vasos coronarianos.
Outro estudo, publicado na Journal of Clinical Periodontology, sugere que “74% dos pacientes com impotência apresentavam sintomas de periodontite. E aqueles que sofriam de impotência em maior grau, apresentavam também mais lesões periodontais”.
Resumidamente, homens com doença periodontal têm um risco de 2,28 vezes maior de desenvolver disfunção erétil em comparação com aqueles que mantêm uma boa saúde oral.
Isto ocorre porque a inflamação provocada pela doença periodontal pode afetar o endotélio vascular, o tecido que reveste os vasos sanguíneos e que é essencial para uma boa circulação sanguínea e função erétil.
Perante um quadro de disfunção sexual, um outro estudo publicado na Journal of Sexual Medicine demonstrou que, após seis meses de tratamento periodontal, muitos pacientes com disfunção erétil apresentaram melhorias significativas na função erétil.
Exames dentários periódicos permitem detetar sinais precoces de infeções gengivais.
Escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia e usar fio dentário diariamente para remover placa bacteriana.
Reduzir o consumo de alimentos ricos em açúcares e processados pode diminuir a inflamação gengival.
O tabagismo está associado tanto à doença periodontal como à disfunção erétil.
A relação entre a disfunção erétil e a saúde oral é um tema que merece atenção, talvez mais do que alguma vez lhe deu.
Na verdade, cuidar da saúde oral não é apenas uma questão de estética ou conforto, mas também uma forma para melhorar a qualidade de vida e a saúde no geral.
Como de um acordo de cavalheiros se trate, o nosso “tratado” contempla agendar uma consulta de n’A Clínica Dr. Pedro Mota, pois será um ato de virilidade que o vai ajudar a desviar-se da impotência sexual!
Sabia que a periodontite, uma inflamação muito grave das gengivas, pode estar diretamente relacionada ao aumento do risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou o agravamento das doenças cardiovasculares diagnosticadas?
Sangrar das gengivas é uma daquelas situações que, apesar de ser comum, não pode ser ignorada. Tome atenção que, a dada altura, até pode integrar o lote das doenças periodontais, por isso, é importante saber como evitar tal facto!
Presente em diversas culturas do mundo, o beijo tem um significado emocional grande, mas tem também implicações diretas na saúde oral dos indivíduos envolvidos.
