É um facto generalizado e aceite por todos que fumar tem efeitos negativos para a saúde. Por isso, não nos vamos alongar a falar sobre isso. Preferimos neste artigo discutir se podem ser feitos implantes dentários em fumadores.
A pertinência do assunto deve-se ao facto de, por norma, os fumadores desvalorizarem que o tabaco pode comprometer a sua saúde oral e, em particular, o sucesso de um implante dentário em fumadores.
Para a pergunta introdutória a resposta é sim, ou seja, um fumador pode colocar implantes, no entanto, deve saber quais os cuidados antes, durante e depois da cirurgia, normalmente mais exigentes.
Dentes escurecidos, gengivas retraídas, mau hálito ou até perdas dentárias são apenas algumas das consequências diretas do tabaco.
Em casos mais graves, há quem já nem tenha dentes. Além de um problema estético, estamos perante uma situação com impacto na saúde e autoestima.
Quando a perda de dentes é uma realidade, os implantes dentários veem devolver a confiança e o sorriso que já não precisará de esconder.
O tabagismo, por si só, um entrave à colocação de implante dentário, porém saiba que está mais sujeito a contraindicações, pelo que necessita de um planeamento clínico mais rigoroso e a um acompanhamento pós-operatório muito cuidadoso.
Cientificamente falando, há estudos que mostram que a taxa de sucesso dos implantes em fumadores é ligeiramente inferior à dos não fumadores. Uma das diferenças está nos cuidados, ou falta deles, isto do prisma do paciente. Por outro lado, ao médico dentista é exigido um planeamento exaustivo, integrado e integral de todo o processo.
Ou seja, só com uma boa avaliação inicial e uma gestão rigorosa dos fatores de risco, o tratamento pode ter os resultados pretendidos através da intervenção cirúrgica.
Fumar interfere em vários processos essenciais para o sucesso de um implante. Um deles é a agressão aos tecidos da boca, que reduz a qualidade das gengivas e do osso. Além disso, o fumo:
Outro impacto importante do tabaco é a redução da irrigação sanguínea, causada pela nicotina. Isso atrasa a cicatrização e enfraquece a resposta do organismo após a cirurgia. A consequência pode ser a rejeição precoce ou uma cicatrização incompleta.
Por fim, fumar interfere na chamada osteointegração, o processo de ligação entre o implante e o osso. Essa fusão é essencial para o sucesso do tratamento e, nos fumadores, é frequentemente menos eficaz.
Um estudo publicado em 2024 na revista International Journal of Environmental Research and Public Health confirma que os fumadores apresentam taxas mais baixas de integração óssea, sobretudo nos primeiros 30 dias após a colocação.
O ideal é parar de fumar pelo menos três dias antes da cirurgia. Isto ajuda a preparar os tecidos e reduz o risco de infeção.
Depois da colocação do implante, recomenda-se evitar o tabaco durante pelo menos um mês, para permitir uma cicatrização segura e eficaz.
Mesmo que parar completamente não seja uma opção no imediato, uma pausa temporária pode fazer uma diferença significativa no sucesso do tratamento. Em alguns casos, o dentista pode aconselhar apoio específico para ajudar neste processo.
Foque-se que é um sacrifício necessário que pode acabar com aquela inibição de mostrar os seus dentes, comprometidos pelo tabaco. Já viu? Nunca mais terá de pensar em tapar a boca para esconder os seus dentes!
Um não redondo. O tabaco aumenta os riscos, mas não impede a colocação de implantes. O mais importante é garantir uma avaliação personalizada, um plano clínico adaptado e uma boa colaboração entre paciente e equipa médica.
N’ A Clínica Dr. Pedro Mota, cada caso é avaliado com atenção, considerando não apenas os hábitos tabágicos, mas também a saúde das gengivas.
Se pensa que os implantes dentários em fumadores não são adequados, está enganado.
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Sangrar das gengivas é uma daquelas situações que, apesar de ser comum, não pode ser ignorada. Tome atenção que, a dada altura, até pode integrar o lote das doenças periodontais, por isso, é importante saber como evitar tal facto!
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