Manuela Bértolo
ASSISTENTE DENTÁRIA
“Já fiz as bodas de prata com esta clínica”
Natural de Moçambique, sempre se interessou pela área da saúde e trabalha como Assistente Dentária n’A Clínica Dr. Pedro Mota há 18 anos. Sendo que já trabalhava com o antigo proprietário, na mesma função, há cerca de 12, perfaz um total de 30 anos a colaborar na área da medicina dentária, em Vila Franca de Xira. Quando começou, ainda jovem, fazia de tudo um pouco na antiga clínica (Clínica Médica e Dentária Candeias), desde a limpeza, passando pela receção e assistência dentária. Foi aí que aprendeu muito do que sabe. E sabe bem, porque os níveis de exigência, tanto no passado como no presente, sempre foram altos, por isso, considera-se uma profissional de mão cheia. Terminou o liceu como trabalhadora-estudante e sente muito orgulho no seu feito. Atualmente, é responsável pelas rececionistas da clínica e, segue a mesma linha de exigência, a que foi habituada.
“Sinto que esta clínica é um bocadinho minha”
Desde que deixou a receção para se dedicar apenas ao trabalho de Assistente Dentária, tem recebido muitas queixas por parte dos pacientes… porque já não a veem tanto! É especial o carinho que os pacientes têm pela Manuela, porque como ela diz, quando se adora aquilo que se faz, é fácil “darmo-nos” aos outros. Então, sempre que tem oportunidade, vai aos gabinetes cumprimentar os pacientes e, de vez em quando, telefona para matarem saudades. Considerada braço direito do Dr. Pedro Mota – “e o esquerdo, e as mãos e as pernas!”, dito pelo próprio – predispôs-se até a supervisionar as obras da nova clínica, e ainda sugeriu que lhe fizessem um quartinho, para alguma emergência. A família, de certa forma, também faz parte da clínica. A filha, quando era pequena, fazia ali os trabalhos de casa e o marido, por vezes, é chamado para dar uma mãozinha nalguma manutenção necessária. Até nas férias, se estiver por perto, vai fazer uma visita, porque a clínica é um bocadinho sua, é um bocadinho casa.
“Emociono-me com facilidade”
A propósito de um dos casos marcantes que já lhe passaram pelas mãos, um paciente desdentado total que resistia aos implantes, Manuela não irá esquecer o dia em que o senhor finalmente aceitou e de, como ficou comovido com o resultado, testemunhando que pôde finalmente ir a um restaurante com os netos, comer hambúrgueres sem que tivesse qualquer problema. Sobre o que gosta de fazer fora do contexto profissional, divide-se entre a clínica e a tarefas domésticas em casa. Quando viaja, gosta de visitar Ferreira do Zêzere, a terra do seu pai. Gostava de ter tempo para caminhar ou fazer exercício, mas não consegue, porque sai de casa de madrugada e entra já de noite. É caso para dizer, que se a relação da Manuela com a clínica fosse um filme, seria certamente uma história de amor!